A fruta-do-monge tem ganho destaque como alternativa ao açúcar tradicional, apesar de ainda não existirem muitos estudos sobre os seus efeitos a longo prazo. Esta fruta tem poucas calorias, é considerado seguro e pode até trazer alguns benefícios para a saúde. Na medicina tradicional chinesa é utilizado há séculos, no tratamento de várias doenças.
Para quem procura reduzir o consumo de açúcar “branco”, esta fruta pode ser uma solução interessante. Originária do Sudeste Asiático, é usada para aliviar problemas como bronquite, tosse, inflamações da garganta, febres, insolação e até a prisão de ventre. Além disso, acredita-se que ajude a controlar a diabetes, já que os seus “compostos” naturais não provocam aumentos dos níveis de glicose no sangue – ou seja, hiperglicémias. É precisamente esse “segredo” que o Ocidente começa agora a explorar: o extrato da fruta-do-monge pode ser até 200 vezes mais doce do que o açúcar comum.
O seu nome científico é Siraitia grosvenorii, pertencente à família das cucurbitáceas – a mesma do melão, pepino, abóbora e melancia. Diferencia-se de outros adoçantes pelo sabor neutro e agradável. O processo de produção consiste em esmagar as sementes e a casca, que depois são secas até se transformarem em pó. Pode ser usada em bebidas como chás, café ou infusões, assim como em molhos, sobremesas, iogurtes e outros alimentos.
Contudo, é um ingrediente raro e de difícil cultivo, o que faz com que seja caro e pouco acessível em países como Portugal.
O consumo desta fruta está associado a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Por ter poucas calorias e poucos hidratos de carbono, pode ainda ser útil em dietas de emagrecimento. Organizações de saúde norte-americanas, como a Food and Drug Administration (FDA) e a Health Department, classificam o extrato como “geralmente reconhecido como seguro”, inclusive para grávidas e crianças. Já a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (em 2019) considera que ainda faltam dados suficientes para avaliar com certeza os riscos e benefícios do seu consumo, recomendando moderação.
A procura por adoçantes como a fruta-do-monge está ligada ao aumento de doenças metabólicas, como obesidade, a diabetes, as doenças cardiovasculares, etc, frequentemente associadas ao excesso de açúcar na alimentação. Por isso, alternativas naturais como o mel, o agave ou o xarope de ácer, e mais recentemente a fruta-do-monge, têm vindo a conquistar cada vez mais espaço na alimentação/dieta de quem procura opções mais saudáveis.