Comer uma fatia de um bolo de chocolate de vez em quando não é nenhum pecado. Até muito pelo contrário pode ajudar a relaxar depois de um dia muito cansativo. Mas, quando o desejo de devorar um bolo inteiro torna-se frequente é melhor ficarmos atentos: porque podemos estar a procurar aliviar os momentos mais tensos, de stress e cansativos comendo demais!
Qualquer pessoa, num determinado ou noutro momento da vida, passa por fases de preocupação e de stress, que podem desencadear manifestações físicas (palpitações, tonturas, dores no peito, fadiga, vertigens, etc) ou manifestações psicológicas (ansiedade, depressão, nervosismo, irritabilidade, confusão, medo, etc). Algumas pessoas procuram aliviar estes momentos mais difíceis com comida ou com outros vícios, como por exemplo: beber álcool e/ou fumar. A compulsão alimentar, que é um sintoma muito comum de quem tem uma vida muito agitada, faz com que haja um aumento de peso, que é uma consequência da fuga ou da tentativa de diminuir a ansiedade e do stress em que se vive.
Este comportamento porém, pode ocasionar um ganho de peso excessivo e fazer com que haja uma interrupção do tratamento de emagrecimento (para quem o estiver a fazer) resultando nestes casos o conhecido efeito “io-io”.
Para além disto, sabemos que a obesidade e o estado psicológico e emocional estão estreitamente relacionados. A ansiedade, no caso de pessoas com problemas de obesidade, pode indicar que alguma necessidade ou carência não está a ser satisfeita, ou seja, que há um “vazio” que os alimentos nunca conseguem preencher. Um dos “factores” mais afectados, quando se tem este tipo de comportamentos, é a auto-estima. Quando este estado de espírito é afectado, a pessoa tem mais dificuldade em aceitar-se a si própria, assim como de se sentir aceite e respeitada(o) pelos outros.
A recomendação sugerida pelos profissionais de saúde para tentar emagrecer os quilos extra nestas situações é: aprender a controlar as experiências vividas (sejam elas positivas ou negativas), e não procurar aliviar a tensão com um bom prato de comida. A compulsão alimentar pode ser comparada ao vício do alcoolismo ou do tabaco; após comer em demasia, o indivíduo sente-se mal e culpado, fica ainda mais deprimido e com vontade de comer tudo o que “apareça à frente”. Sentir prazer em comer é uma sensação partilhada pela maioria das pessoas e não é errado, uma vez que nos traz uma sensação de bem-estar. A solução é não exagerarmos.
O ideal é evitar os pensamentos negativos e contraditórios. Quando se quer iniciar um programa de emagrecimento (com ou sem tratamentos de estética incluídos), a primeira regra a seguir é automotivar-se. Estabeleça com o nutricionista, os objectivos para emagrecer e faça o máximo que possa para conseguir. É importante dizer que as consultas seguintes são fundamentais para o controlo do peso, assim como para tirar dúvidas e reajustar o plano alimentar instituído. Acredite que é capaz, e que a perda de peso não só vai mudar a sua vida a nível social, como também a nível do bem-estar físico trazendo benefícios à saúde. Vai ver que com propósitos positivos na vida será muito mais fácil transformar os seus pensamentos em actos concretos, emagrecendo de uma forma muito mais saudável. Afinal, “querer é poder”!
Para atingir o máximo de sucesso no programa de emagrecimento é sempre importante que hajam pelo menos algumas mudanças no comportamento. Em seguida estão algumas sugestões para ajudar. Lembre-se, que o sucesso só depende de si!
– Procure dormir bem. Descanse a mente enquanto está na cama e procure pensar em actividades agradáveis. Uma noite tranquila garante um repouso mais profundo e, consequentemente, uma melhor disposição para enfrentar o dia seguinte.
– Ao levantar-se da cama pense que o dia vai trazer-lhe sensações boas e positivas. Acredite que tudo vai dar certo e que vai conseguir atingir o seu objectivo.
– Fraccione as refeições ao longo do dia (faça 3 grandes refeições e 3 a 4 lanches). Para quem é mais esquecido aconselha-se que utilize um alarme (pode ser agendado no telemóvel, por exemplo) para tocar nos horários das refeições. A curto/médio prazo o alarme deixa de ser necessário porque o próprio organismo pede a comida, às horas em que foi habituado a comer.
– Evite realizar outra actividade enquanto come, como: assistir televisão, ler uma revista ou o jornal, falar ao telefone, entre outras situações. Isto pode distraí-lo, e desta forma, não se apercebe da quantidade que come. Para além do mais, toda a vez que se sentar à frente da televisão, por exemplo, pode lembrar-se de comida ou em comer.
– Procure realizar actividades que proporcionem algum tipo prazer. Desde aquelas caminhadas pelo campo, pela praia ou pelo jardim até às idas ao ginásio, ao centro comercial, ao cinema ou então fazer uma viagem.
– Quando sentir um forte impulso para comer fora dos horários das refeições e dos lanches, experimente escovar os dentes, beber um chá, uma infusão ou um café quente, ou então dois copos cheios de água. Se não resultar coma uma cenoura crua raspada ou um tomate maduro.
– Evite ir às compras de estômago vazio. Porque é mais fácil comprar alimentos pouco saudáveis de forma compulsiva quando se está com fome.
– Antes de ir ao supermercado, faça uma lista do que precisa para aquela semana e compre somente o que estiver escrito e nada mais!
– Mantenha-se ocupado. Procure ler, fazer palavras cruzadas, bordar, limpar a casa, regar as plantas, escrever cartas e/ou e-mails, limpar e arrumar as gavetas, ir às compras ou ir ao ginásio para evitar comer num momento “morto”.
– Afaste-se de todos os alimentos que acha que são uma “tentação”. Não compre ou esconda em casa alimentos que sejam ricos em calorias. Lembre-se do velho ditado: longe da vista, longe do coração!
– Para estimular o próprio tratamento ou a sua auto-estima planeie uma “recompensa semanal”, como por exemplo, compre uma nova peça de roupa sempre que conseguir mudanças positivas nos seus hábitos alimentares e no exercício físico diário que pratica.