100 mil euros anuais – aproximadamente é o ordenado do órgão de bastonário da Ordem dos Nutricionistas (e creio que ultrapassa). Sabias disto? E a remuneração é paga na totalidade pela Ordem.
Ou seja: remuneração base (que corresponde a 7 vezes o ordenado mínimo nacional vigente em cada ano, vezes 14 meses), suplemento por compensação de despesas de representação (no montante de 30% do valor estabelecido em remuneração, vezes 12 meses), prestações sociais e subsídio de refeição.
Por exemplo: 89.817€/ ano + prestações sociais + subsidio de refeição.
Desde 1 de Janeiro de 2020 que é isto! Ou seja, para além de ser um 3º mandato – que é uma violação clara na minha opinião, e segundo os estatutos da ON –, são praticamente 4 anos a receber mais 100 mil euros anuais, o que perfaz mais de 400 mil euros. E volto a repetir: a remuneração é paga na totalidade pela Ordem.
Sinto que o órgão de bastonário até podia ganhar mais do que isso caso mostrasse competências e recursos para tal. Mas sinto que não é o caso! Cada um tem o seu tempo…
Podes ler no print screen (email da ON) abaixo que até 31 de Dezembro de 2019 era a ARS Norte que fazia o pagamento do ordenado, entretanto e por estranho que pareça o actual Conselho Geral aprovou esta remuneração abismal. Porquê? Como? Para quê? Com que fundamentos? São respostas que gostava que o Conselho Geral respondesse.
Até porque com esses valores já poderiam ter sido abertas delegações da ON na região centro e sul. E talvez até nas ilhas. Mas creio que isso já não é possível, porque nos primeiros estatutos da ON estava contemplada essa possibilidade, que rapidamente foi declinada por um determinado órgão.
Não quero acreditar que os membros do actual Conselho Geral:
– Pela existência de laços de afecto e de amizade tenham aprovado a remuneração.
– Tenham sido ameaçados, manipulados e assediados para aprovar esta remuneração.
– Tenham benefícios vários: para entrarem com facilidade nas especialidades, nas faturas de combustível, etc para aprovarem esta remuneração.
– Que todos os membros ou quase todos tenham deficiências, limitações e atrasos mentais, cognitivos, intelectuais e profissionais, e esqueçam os verdadeiros valores e interesses da ON.
– Desprezem os restantes membros da ON que vivem fora da região norte do país (a eterna rivalidade norte vs sul),
– Etc.
Com tantas hipóteses e possibilidades existentes ficaria aqui dias e dias a escrever do que não quero acreditar… Porém a realidade é esta! O actual Conselho Geral aprovou esta remuneração!
– Somado a isto juntam-se as notícias do Ministério da Saúde com a ordem dos nutricionistas… ninguém quer abdicar do que é bom… ou melhor do que é muito bom! Principalmente com remunerações deste tipo! –
Acredito que o próximo órgão de bastonário (as eleições serão para o final de 2023) queira o mesmo tipo de remuneração anual, não acredito que reverta a situação! Deixo a reflexão no ar: “Ganhar menos que o actual órgão de bastonário, nem pensar!”.
Porém nada nem ninguém faz auditorias a esta associação pública profissional e é uma pena. E por hoje mais nada quero acrescentar!
Como é lógico RELEMBRO que sinto que SOU UM ALVO A ABATER por esta instituição e futuramente alvo de vários processos disciplinares. Reforço mais uma vez a importância das entidades competentes de fiscalizarem esta associação pública profissional devido às sensações que tenho de: abuso de poder, corrupção, manipulação, incumprimentos, violações dos regulamentos, regras, estatutos, código deontológico, discriminação, etc.